Talvez o nome soe
pouco familiar ou incomum, mas o desenho, o desenho é certamente conhecido. Um homem com dois pares de braços e outros dois pares
de pernas, em posição de cruz, ou estrela, inserido dentro de um quadrado que,
por sua vez, está inscrito num círculo. O homem vitruviano! O famoso estudo de
anatomia deLeonardo da Vinci. Este estranho e curioso desenho.
O chamado homem
vitruviano trata-se, na verdade, de um estudo matemático das proporções humanas
que foi primeiramente esboçado ainda na época da Roma Antiga, no século I a.c., por Marcus Vitruvius
Polio. O estudo foi apresentado dentro de um tratado em dez volumes, denominado
De Architectura, no qual o arquiteto latino determina as razões de proporção do corpo humano da seguinte forma:
• Um palmo é a
largura de quatro dedos;
• Um pé é a largura de quatro palmos;
• Um antebraço ou cúbito é a largura de seis palmos;
• A altura de um homem é quatro antebraços (24 palmos);
• Um passo são quatro antebraços;
• A longitude dos braços estendidos de um homem é igual à altura dele;
• A distância entre o nascimento do cabelo e o queixo é um décimo da altura de um homem;
• A distância do topo da cabeça para o fundo do queixo é um oitavo da altura de um homem;
• A distância do nascimento do cabelo para o topo do peito é um sétimo da altura de um homem;
• A distância do topo da cabeça para os mamilos é um quarto da altura de um homem;
• A largura máxima dos ombros é um quarto da altura de um homem;
• A distância do cotovelo para o fim da mão é um quarto da altura de um homem;
• A distância do cotovelo para a axila é um oitavo da altura de um homem;
• O comprimento da mão é um décimo da altura de um homem;
• A distância do fundo do queixo para o nariz é um terço da longitude da face;
• A distância do nascimento do cabelo para as sobrancelhas é um terço da longitude da face;
• A altura da orelha é um terço da longitude da face.
• Um pé é a largura de quatro palmos;
• Um antebraço ou cúbito é a largura de seis palmos;
• A altura de um homem é quatro antebraços (24 palmos);
• Um passo são quatro antebraços;
• A longitude dos braços estendidos de um homem é igual à altura dele;
• A distância entre o nascimento do cabelo e o queixo é um décimo da altura de um homem;
• A distância do topo da cabeça para o fundo do queixo é um oitavo da altura de um homem;
• A distância do nascimento do cabelo para o topo do peito é um sétimo da altura de um homem;
• A distância do topo da cabeça para os mamilos é um quarto da altura de um homem;
• A largura máxima dos ombros é um quarto da altura de um homem;
• A distância do cotovelo para o fim da mão é um quarto da altura de um homem;
• A distância do cotovelo para a axila é um oitavo da altura de um homem;
• O comprimento da mão é um décimo da altura de um homem;
• A distância do fundo do queixo para o nariz é um terço da longitude da face;
• A distância do nascimento do cabelo para as sobrancelhas é um terço da longitude da face;
• A altura da orelha é um terço da longitude da face.
Esse número
“1,618”, também conhecido como proporção áurea, número divino, número de ouro,
ou, simplesmente, Phi é uma constante real algébrica irracional, largamente
verificada em infinitos exemplos da natureza. Conchas, plantas, insetos, os
seres-humanos...! Tudo aquilo que floresce em vida na natureza apresenta sempre
o mesmo padrão de crescimento, na razão de 1,618 Phi!
E, justamente por
estar associado aos processos de crescimento encontrados na natureza, é que
este número se torna tão frequente a ponto de muitos considerarem-no mágico, ou
até mesmo divino, pois denotaria a razão universal a que toda a criação foi
submetida.
As origens do
conhecimento humano sobre o número de ouro perdem-se nas brumas mais longínquas
da história, mas sabe-se, por exemplo, que as pirâmides de Gizé, no Egito,
foram construídas obedecendo milimetricamente ao padrão Phi, reproduzindo a
razão matemática de crescimento da natureza.
Então, em 1490,
Leonardo da Vinci, um profundo conhecedor da anatomia humana, sabia que a
aplicação das proporções oferecidas por Vitruvius não era apenas correta como
também oferecia a chave para o uso da razão áurea. Ele nos descreve uma figura
masculina desnuda, separadamente e simultaneamente em duas posições
sobrepostas, com os braços inscritos num círculo e num quadrado, as
figuras-chave do problema e, por extensão, de toda a natureza.
Examinando o
desenho, pode se notar que a combinação das posições dos braços e das pernas
forma duas posturas diferentes. A posição com os braços e as pernas em cruz
está inscrita no quadrado. Já a posição com os braços e as pernas em estrela
fica inscrita no círculo. Isto ilustra o princípio que na mudança entre as duas
posições, o centro aparente da figura parece se mover, mas de fato, o umbigo da
figura, que é o verdadeiro centro de gravidade, permanece imóvel.
Aplicando a razão
áurea na escala do desenho do corpo humano, o movimento em cruz determina os
lados do quadrado, enquanto que aquele em estrela delimita o círculo. A área
total do circulo é igual a área total do quadrado e estão dispostos de tal
forma que suas proporções podem ser utilizadas como base do algoritmo
matemático que calcula o número de ouro Phi. E, então, como que por mágica, o problema da quadratura do
círculo é resolvido por um simples movimento do corpo humano!
A genialidade de
Leonardo permitiu uma solução extremamente elegante. Da Vinci acreditava na
perfeição da figura humana, e considerava as medidas e o funcionamento do corpo
humano como uma analogia das medidas e funcionamento do universo, todas
conectadas pela proporção do número de ouro dado 1,618 Phi.
O desenho é
considerado um símbolo perfeito e acabado da simetria do corpo humano. Um
símbolo da interconexão do homem com o universo. O estudo ficou celebrizado
como o “Homem Vitruviano”, sendo aceito, como símbolo universal da humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário